Em março deste ano, a campanha de SS17 da Eckhaus Latta não parava de aparecer em minha linda bolha. Amigxs mandando links e entrevistas com os envolvidos pelos sites que eu amo visitar. Trata-se de uma das campanhas de moda mais lindas (e polêmicas) que já encontrei. Pode parecer simples: "um monte de casal trepando."
Originalmente, lembro que eram sem pixel MESMO (odeio eles). Hoje só restam essas versões bem erradas. Se alguém tiver sem censura, envia pra mim PLMDDS.
Essa campanha é foda em muitos niveis. Começando pelo casting, feito por Sam Muglia: imagina o trabalho pra encontrar encontrar esses casais reais, diversos, todos apaixonados e apaixonantes, na internet (usaram Craigslist e indicações de amigxs de amigxs). E o grande detalhe: topariam se despir e fazer intimidades na frente da câmera.
Depois, uma fotógrafa que teria o tato e a coragem de clicar essas cenas. Heji Shin, alemã-coreana, já tinha fotografado um livro de educação sexual para adolescentes em 2011 (juro que tentei encontrar e não achei), que foi o que inspirou todo esse editorial.
E o mais profundo e maravilhoso, pra mim, é a mensagem “sex-positive, body-positive, sexuality-positive” que eles conseguiram com essa estetética. Segundo Eckart, a intenção era normilizar o sexo e não sensacionalizar. Amei também os toques de voyerismo e consumo, a brincadeira com os limites entre sexo e publicidade, que estamos acostumados a ver por aí de outro jeito, trazidos de uma forma tão natural, leve, sem ser fabricada, hiperssexualizada ou tabú.
Por outro lado, dá pra questionar o quão legítima foi essa vontade de usar o sexo mais natural na campanha. E mesmo que tenha sido uma "jogada de marketing" eu consigo apreciar o resultado e ver muita diferença na entrega.
E ainda não sei como tem gente confundindo amor com doença em pleno 2017, né? Vai entender... E bora ferver: quem estiver em SP esse fds, tem KEVIN ZONA sensual + queerxposição no ZIG este sábado (23/09).
Bora ficar peladx?